segunda-feira, 21 de setembro de 2009

EaD hoje, no Brasil

Matéria recente sobre EAD no Brasil. Fonte: http://www.andifes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1992&Itemid=104

Estudo analisou estudantes com o mesmo perfil dos 2 tipos de
curso; não houve diferença na nota do Enade
Alunos que cursaram educação a
distância tiraram as mesmas notas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade) quando comparados aos que fizeram cursos de ensino superior presenciais.
Ainda visto com desconfiança por alguns sob o argumento de que a qualidade seria
comprometida, o ensino a distância é um dos que mais crescem no País, chegando a
cerca de 760 mil alunos matriculados na graduação.
A discordância com
relação à criação de um curso não presencial foi uma das razões da greve na
Universidade de São Paulo (USP), que terminou neste mês. O curso foi adiado.
Um estudo analisou pela primeira vez formandos com características
semelhantes - idade, renda, estado civil, se trabalha ou não, se estuda em
instituição pública ou não - das duas modalidades de ensino.
A pesquisa,
feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), do
Ministério da Educação (MEC), é considerada importante por especialistas por
causa da comparação entre alunos com o mesmo perfil, já que as variáveis podem
interferir no desempenho. Estudo anterior do próprio Inep havia apenas analisado
médias gerais dos dois grupos.
"O perfil de alunos de educação a distância,
em geral, é diferente do presencial. Eles são mais velhos, trabalham", diz um
dos autores do estudo Thiago Leitão. O ensino é feito por meio de tecnologias de
informação e comunicação, principalmente a internet. As provas devem ser
presenciais e há encontros periódicos com professores. As bases legais para a
educação a distância estão na Lei de Diretrizes e Bases, de 1996.
O estudo
analisou os únicos quatro cursos a distância em que a quantidade de formandos
pode ser comparada às suas versões presenciais: Administração, Matemática,
Pedagogia e Serviço Social. Juntos, tinham 288 mil alunos em 2007, 78% do total
de alunos naquele ano - ainda não há dados por curso de 2008. Foram usadas notas
do Enade (exame que substituiu o Provão) de 2005, 2006 e 2007. Os resultados da
prova de 2008 ainda não saíram.
Os técnicos do Inep compararam primeiro as
notas médias no Enade de todos os alunos dos dois grupos. Os estudantes de
educação a distância tiveram, em geral, 6,7 pontos a mais do que os de cursos
presenciais. Na análise de alunos com o mesmo perfil, a diferença na nota foi de
0,23 (a favor da presencial), considerado estatisticamente igual a zero.
Relatório do Departamento de Educação dos Estados Unidos, divulgado em
junho, indica que alunos de educação a distância se saem melhor ou igual aos
demais. Uma das conclusões é de que jovens dedicam mais tempo a atividades
online do que a tarefas presenciais.
"São modelos diferentes de ensino que
se aplicam a pessoas diferentes, mas dão o mesmo resultado em qualidade", diz o
secretário de Educação a Distâncias do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky. Para
ele, quem ainda desconfia disso tem "um pensamento atrasado". O MEC criou em
2005 a Universidade Aberta do Brasil (UAB), consórcio com cursos em 76
instituições públicas e 140 mil alunos.
Em São Paulo, o governo tenta
implementar sistema semelhante por meio da Universidade Virtual do Estado de São
Paulo (Univesp). O primeiro convênio, de um curso de Pedagogia oferecido pela
Universidade Estadual Paulista (Unesp), será assinado em agosto. O curso da USP,
de Licenciatura em Ciências, está pronto, mas divergências entre o governo e a
universidade impediram o fechamento do contrato.
Segundo o responsável pelo
curso na USP, José Cipolla Neto, o governo queria se apropriar do curso. "Eles
querem o material para eles, querem usá-lo em outro contexto, fora da USP. O
curso não é do governo, é da universidade." Para ele, o governo deveria apenas
financiar o projeto, no valor de R$ 12 milhões. A USP agora terá de bancar o
curso, o que deve atrasá-lo para 2011. A confusão ocorreu antes dos grevistas
contestarem a educação a distância, com o argumento de que baixaria a qualidade
da graduação.
O secretário de Ensino Superior do Estado, Carlos Vogt,
responsável pelo projeto, nega essa intromissão e acredita que a pesquisa do
Inep pode ajudar a acabar com esse preconceito.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Senhores leitores, eu (o criador deste blog) estou usando o login de outra pessoa, pois, infelizmente, perdi a senha de acesso à conta que usei para criá-lo, para deixar alguns esclarecimentos.

    Na época em que fiz este blog, o comando de execução da tarefa dado pela docente, a qual não me recordo o nome, era, mais ou menos, assim:

    Procurar textos na internet sobre Educação à Distância e colocá-los no blog;
    Fazer comentários em sala de aula sobre os textos dos blogs dos colegas da turma.

    Não fiz verificação dos textos e não utilizei nenhum critério científico para fazer este blog. A minha intenção com este trabalho foi apenas o cumprimento das tarefas do curso. É um trabalho acadêmico comum. Além disso, peço que desconsiderem qualquer opinião pessoal minha neste trabalho.


    Fábio Bicalho

    ResponderExcluir

Coloque seu comentário para continuar o processo de construção de conhecimento coletivo. :)